Mesmo com críticas à maneira “açodada” usada pela PJF para convocar a VII Audiência Pública do Plano Diretor Participativo de Juiz de Fora, o SINSERPU-JF participou do evento, na tarde desta quinta-feira (18 de dezembro), defendendo mais inclusão social no município, com “a promoção de igualdade e bem-estar, com acesso de todos os cidadãos à educação, saúde e segurança”.

“Uma pena que a convocação só tenha sido publicado, no Atos do Governo, às 14h05 de quarta-feira/17 de dezembro (menos de 24 horas, portanto, do evento), e que o material sobre o tema só tenha chegado ao e-mail dos inscritos às 11h52 de quinta-feira (ou seja, pouco mais de duas horas antes do início das discussões). Isso, óbvio, impediu um aprofundamento dos assuntos que seriam discutidos”, criticou a presidenta do SINSERPU-JF, Deise Medeiros – que estava acompanhada dos diretores do Sindicato Denise Medeiros (Administrativo), Marco Antônio Ribeiro, Alexandre Crepaldi “Chaves” (financeiros) e Cláudio Dias (Base). “Como é muito importante a participação popular neste processo, um momento de questionamento e esclarecimento de dúvidas, o ideal seria a divulgação antecipada dos trabalhos realizados e dos projetos futuros”, completou a sindicalista.

A Audiência Pública – na verdade “uma exposição de fatos, disfarçada de audiência” na avaliação de Deise Medeiros – foi promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano com Participação Popular (SEDUPP), comandada pela secretária Cidinha Lousada, e teve o objetivo de, segundo os organizadores, “apresentar à sociedade as ações realizadas em 2025 no âmbito do Plano Diretor, bem como discutir as metas previstas para 2026, fortalecendo a transparência e o diálogo entre o poder público e a sociedade civil”.

Em sua participação, Deise Medeiros destacou os principais focos que devem estar presentes em um Plano Diretor: crescimento ordenado, Infraestrutura, sustentabilidade, a citada inclusão Social, a busca pelo conceito de “cidades inteligentes”, planejamento integrado, novas leis (se necessárias), respeito à legislação existente e programas governamentais. E falou também e, principalmente, dos principais desafios: a urbanização desordenada e suas consequências (favelização, criminalidade e poluição), as desigualdades socioespaciais e falta de acesso a serviços básicos, e a necessidade de vontade política e investimentos para infraestrutura.

A presidenta do SINSERPU-JF questionou os representantes da Administração Municipal sobre propostas de resolução dos problemas estruturais em algumas unidades do Programa, federal, Minha Casa, Minha Vida. “O que há de proposta para a estrutura do “Minha Casa, Minha Vida” já pronta, com famílias habitando?” perguntou Deise Medeiros. “Se estão estruturando um modelo novo, mas não pontual, o que fazer com o existente?”, acrescentou.

Ela apresentou também suas dúvidas sobre o mapeamento apresentado das unidades de Saúde, com redistribuição territorial. “Não adianta inaugurar novas unidades se as que têm estão sem insumos básicos, condições de trabalho e recursos humanos insuficientes. Diante disso, qual a proposta da Administração para resolver essas questões e não acumular esses problemas para as novas unidades”, observou Deise Medeiros.