O sétimo módulo do CRB/Curso de Realidade Brasileira, realizado na sede do SINSERPU-JF neste final de semana (sexta-feira e sábado/28 e 29 de novembro), defendeu e reforçou a importância fundamental dos sindicatos no mundo do trabalho.

Essa percepção começou logo no primeiro dia das atividades, na mesa de abertura. “O trabalho deve ser uma realização pessoal, um prazer e não sofrimento e tristeza. E os sindicatos têm que lutar para que esse lado bom prevaleça, sempre combatendo e perguntando quem tem realmente medo dos sindicatos”, afirmou a professora Marta Freitas – também coordenadora Estadual do Movimento pela Soberania Popular na Mineração e Coordenadora do Fórum Sindical e Popular de Saúde e Segurança do Trabalhador(a) de Minas Gerais.

“Tive, desde cedo, orientações paternas sobre a importância de se filiar a um sindicato. Hoje, como dirigente sindical, sei que os sindicatos são lugares de se fazer política, em prol dos trabalhadores. Só assim, a luta dá resultados”, testemunhou a vice-presidente do SINSERPU-JF, Lucilea Pereira.

“Os problemas (dos trabalhadores ) são os mesmos, independente da atividade. Por isso a organização tem que ser da classe trabalhadora como um todo, e não apenas por categoria. E só se muda a história do trabalhador quando se estuda a história do trabalho”, defendeu o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora, João César da Silva, que estava particularmente emocionado, pois exatamente neste final de semana a entidade que ele preside estava completando 93 anos – fundado, como Sindicato dos Operários da Manchester Mineira em 29 de novembro de 1932.

A vice-presidente do SINSERPU-JF aproveitou a ocasião para citar o trabalho da Comissão de Combate ao Assédio Moral do Sindicato, que ela preside. “Criamos a Comissão após observar o crescimento atual dos casos de assédio moral. A comissão tem atuado com muita seriedade e acolhemos os servidores respeitando o sigilo. Tivemos bons retornos nos atendimentos já realizados”, afirmou

Lucilea Pereira, citando também as pautas sociais que o SINSERPU-JF defende: as pastas LGBT, Raça e Gênero, PCD e das Mulheres. “São poucos sindicados que defendem essas causas, devido ao padrão de conservadorismo imposto pela sociedade, que assiste ainda, infelizmente, muitos casos de racismo e discriminação”.

Além de Lucilea Pereira, representaram o SINSERPU-JF nas discussões sobre “Trabalho e Movimento Sindical” a diretora de Formação Sindical Tânia Maria Assis e o diretor de Base Claudio Dias – aluno e um dos coordenadores do CRB.

“Como bem observou Marta Freitas, os sindicatos precisam estar sempre atentos, buscando sempre aproximar a diretoria do servidor na base, para acompanhar de perto os anseios do trabalhador”, relatou Claudio Dias, acrescentando concordar com a análise de que que é preciso uma “sólida mobilização diante de várias medidas que visam tirar direito dos trabalhadores”.

O próximo e último Módulo do CRB, definido com propriedade como “Um meio para conhecer a fundo os problemas brasileiros”, está marcado para os dias 12 e 13 de dezembro, com o tema “Revolução Brasileira e Projeto Popular para o Brasil”.