CRB, quinto Módulo: o povo brasileiro, suas matrizes formadoras e a encruzilhada do tempo
O Quinto Módulo do CRB/Curso de Realidade Brasileira, neste final de semana (sexta-feira e sábado, 25 e 26 de outubro), proporcionou aos inscritos um “mergulho” nas matrizes formadoras do povo brasileiro, na encruzilhada do tempo. “E essa incursão – não há outra maneira de dizer – mexe com as nossas entranhas. Estudar o assunto é ao mesmo tempo revelador e revolucionário”, avisou a professora e ativista do movimento negro Andreia Roseno – que atende também como Makota (uma denominação tradicional usada no Candomblé em regiões africanas) Kinanjenu.
“A apresentação de Andréia Roseno deixou claras as distorções sobre o conceito de cultura e da mistura de vários povos, desde quando os portugueses colonizadores, que tinham uma visão de mundo escravagista, buscaram uma forma de explorar os negros e os indígenas”, comentou o diretor de Base do SINSERPU-JF, Claudio Dias, que participa do CRB como aluno e colaborador na organização das atividades.
Makota ensinou: “Os negros não são descendentes de escravos, são descendentes de seres humanos que foram escravizados”, e “desde quando o tráfico de pessoas passou a ser um ramo forte da economia de Portugal, cada parte do solo foi regado de sangue escravocrata”.
Ao final do Módulo, após estudos e discussões aprofundadas sobre o tema, foi elaborada e apresentada uma nova versão da bandeira brasileira, “O Brasil do Avesso” (última foto).
O próximo módulo do CRB, o sexto, sobre “Patriarcado, Racismo e Capitalismo no Brasil”, está marcado para os dias 7 e 8 de novembro.