NOTA DE PESAR
Tarcísio Delgado, falecido nesta sexta-feira (12 de setembro), era chamado, não raramente, de “eterno prefeito” de Juiz de Fora, por ser recordista de tempo na Prefeitura (governou a cidade por 14 anos, de 1983-1988 e de 1996-2004) e por ter concluído obras imponentes e importantes, como a Rodoviária e o Estádio Municipal.
Obras físicas apenas, e necessárias, diziam os adversários, mas Tarcísio Delgado deixou mais que isso. Tinha uma enorme preocupação com a área social, foi, com certeza, o maior defensor da AMAC e legou aos servidores o PAS-JF, o plano de saúde do funcionalismo, que ele homologou com gosto, após o trabalho inicial do Sindicato, no seu terceiro mandato, em 2003.
E era um humanista e um democrata. Repetia, sempre que a ocasião pedia: “Posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até a morte o direito de dizê-lo” – a máxima atribuída a Voltaire.
Além da administração municipal, foi vereador, deputado e ajudou a fundar o glorioso MDB (Movimento Democrático Brasileiro) – jornada contada no livro “A História de um Rebelde” e, em outra missão, igualmente memorável, defendeu, como advogado que era, os mineiros da Mina do Morro Velho de Nova Lima, que tinham feito fortes protestos no dia do Golpe Militar de 64, e foram presos. Tudo contado em outro livro: “Tatuagens na Alma”.
Nascido no distrito de Torreões em 4 de outubro de 1935, Tarcísio Delgado vai ser velado na Câmara Municipal, a partir das 9h deste sábado (13 de setembro).
O SINSERPU-JF saúda a sua memória!