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31/07/2025

A importância do uso de armas pela Guarda Municipal e de um concurso público, segundo os três diretores do SINSERPU-JF que pertencem à corporação

“A presença de uma Guarda Municipal equipada e preparada contribui para a sensação de segurança coletiva, fator essencial para a plena fruição da cidadania”. “Os Guardas Municipais necessitam do armamento como parte essencial de seu equipamento de trabalho”, e “um marco importante para a segurança da nossa cidade”. Assim os três diretores do SINSERPU-JF que pertencem aos quadros da Guarda Municipal de Juiz de Fora reagiram ao anúncio da prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, de que a corporação será treinada e capacitada para usar armas de fogo em sua rotina de trabalho – Veja abaixo, na íntegra, os depoimentos e argumentos dos guardas municipais Weber Wagner (vice-presidente do SINSERPU-JF), Marco Antônio Ribeiro (diretor financeiro do Sindicato) e Rafael Rocha (diretor de Base).

A presidenta do SINSERPU-JF, Deise Medeiros, por sua vez, enfatizou aspectos importantes da questão, como a luta pela categoria, a realidade atual e a importância de um concurso público para guardas municipais. “A atual gestão do SINSERPU-JF encampou essa causa, por entender a importância dessa pauta para sociedade, a cidade e os servidores municipais. Há hoje um índice muito grande de violência contra os servidores da Saúde, principalmente, e, portanto, é extremamente importante que a gente tenha uma Guarda eficiente, que dê as respostas necessárias quando o assunto é segurança no local de trabalho. O trabalhador não pode continuar vulnerável e precisava mesmo de medidas importantes como essa, que vai contribuir no avanço das discussões sobre segurança para os servidores e a sociedade de Juiz de Fora”.

Sobre a urgência de um concurso público, Deise Medeiros é categórica: “O efetivo atual da Guarda Municipal, 107 pessoas, não atende mais, há muito tempo, as necessidades da cidade. O combate ao aumento da violência requer mais gente e o Concurso é fundamental. É preciso, então, que o armamento venha junto com o aumento de guardas municipais, através de um concurso público justo e digno – e pela Lei 13.022, uma cidade do porte de Juiz de Fora teria que ter, no mínimo, 500 guardas”.

O cronograma da Prefeitura começou a contar já nesta quinta-feira (31 de julho), com o ofício enviado à Polícia Federal com a adesão ao processo de armamento. Ainda neste segundo semestre terá início a preparação dos profissionais, em âmbito psicológico e técnico e, na previsão da PJF, todo o processo será concluído no início de 2026.
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“A Guarda Municipal de Juiz de Fora (GMJF) tem um papel fundamental na proteção do patrimônio público, no apoio aos órgãos municipais e na garantia da segurança da população. Com um histórico de 17 anos de atuação dedicada na segurança pública, os servidores da GMJF acumularam experiência e conhecimento indispensáveis para o aprimoramento contínuo dos serviços prestados à administração municipal. Nesse contexto, o uso adequado e regulamentado de armamento pela corporação representa um avanço estratégico, permitindo um melhor aproveitamento da expertise desses profissionais e fortalecendo a entrega de serviços essenciais à população.
A capacitação continuada e o emprego responsável de armamentos não apenas ampliam a eficácia operacional da Guarda, mas também garantem maior segurança aos agentes, que diariamente atuam em situações de risco. Um servidor com quase duas décadas de experiência conhece profundamente as dinâmicas urbanas de Juiz de Fora, as áreas de maior vulnerabilidade e as necessidades específicas dos municípes. Dotá-lo de ferramentas adequadas, como armamento de porte regulamentado, significa potencializar sua capacidade de atuação, permitindo respostas mais ágeis e eficientes no apoio às demais instituições públicas, como a fiscalização urbana, a defesa civil e o combate à criminalidade.
Além disso, a presença de uma Guarda Municipal equipada e preparada contribui para a sensação de segurança coletiva, fator essencial para a plena fruição da cidadania. Quando os agentes podem intervir com maior respaldo técnico e legal em ocorrências que exigem pronta resposta, a administração municipal assegura não apenas a integridade física dos servidores, mas também a proteção dos direitos dos cidadãos. Isso se reflete em um município mais organizado, onde os espaços públicos são preservados, os serviços funcionam com regularidade e a população usufrui de seus direitos com mais tranquilidade.
Portanto, o armamento da GMJF, quando aliado à experiência de seus servidores mais antigos, representa um investimento em eficiência e segurança pública. Essa medida não apenas valoriza o profissional que há anos se dedica à proteção de Juiz de Fora, mas também consolida a Guarda Municipal como uma instituição moderna, preparada para os desafios contemporâneos e comprometida com a entrega de um serviço público de excelência. Dessa forma, a Prefeitura reforça seu compromisso com a cidadania, garantindo que os municípes tenham acesso a uma cidade mais segura, ordenada e acolhedora”.
Weber Wagner
(Guarda Municipal, vice-presidente do SINSERPU-JF e especialista em Segurança Urbana e Cidadania, pela UFJF)
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“Assim como qualquer trabalhador precisa de instrumentos adequados para exercer sua função, os Guardas Municipais necessitam do armamento como parte essencial de seu equipamento de trabalho. Ele não apenas garante maior efetividade na atuação, mas também protege a sociedade e o próprio agente.
A legislação brasileira respalda esse direito. A Lei Federal nº 13.022/2014 (Estatuto Geral das Guardas Municipais) reconhece as Guardas como instituições civis, uniformizadas e armadas, com atuação preventiva, comunitária e voltada à proteção da vida.
Importante destacar que, mesmo armadas, as Guardas Municipais apresentam, conforme vários estudos sobre o tema, baixíssimos índices de uso letal da força, especialmente se comparadas a outras instituições de segurança pública. Isso evidencia o preparo técnico e a responsabilidade desses profissionais no exercício de suas funções de proteção à sociedade.
Em Juiz de Fora, a Lei Orgânica Municipal já prevê o uso de armamento pela Guarda Municipal. A corporação possui controle interno por meio da Ouvidoria e da Corregedoria, e também está submetida ao controle externo do Ministério Público, o que assegura a transparência e fiscalização das suas ações.
Com a recente autorização para o uso de armamento e a realização de novo concurso público, anunciados pela Prefeitura, a Guarda Municipal de Juiz de Fora poderá reforçar ainda mais seu papel na segurança pública, estreitando os laços com a comunidade e fortalecendo sua atuação em defesa da cidade”.
Marco Antônio Ribeiro
(Guarda Municipal, diretor do SINSERPU-JF e especialista em Segurança Urbana e Cidadania, pela UFJF)
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“A divulgação feita pela Prefeita de Juiz de Fora sobre o avanço em um antigo pleito da nossa categoria – a autorização para o armamento da Guarda Municipal – é um marco importante para a segurança da nossa cidade.
Essa conquista não aconteceu de forma isolada. Ela é fruto de uma luta histórica dos guardas municipais, da mobilização constante da AGMJF (Associação dos Guardas Municipais de Juiz de Fora) e do diálogo com a administração pública, sempre com o objetivo de oferecer à população um serviço de proteção cada vez mais eficiente e moderno.
Com o armamento, nossa atuação se fortalece, ampliando nossa capacidade de resposta e prevenção frente aos desafios da segurança pública. No entanto, esse avanço também exige novas adequações na carreira do guarda municipal, alinhando-se às novas exigências de formação, à legislação federal e ao entendimento recente do Supremo Tribunal Federal, que reconhece a importância e a abrangência da atuação das Guardas Municipais em todo o país.
Seguiremos juntos, lutando não apenas por melhorias estruturais, mas pela valorização plena da nossa categoria, garantindo que cada guarda tenha condições e reconhecimento à altura da responsabilidade que assume diariamente na proteção da sociedade juiz-forana”.
Rafael Rocha dos Santos
(Guarda Municipal, diretor do SINSERPU-JF e presidente da AGMJF)


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