O Parque Halfeld, coração cultural da cidade, transformou-se nesta terça-feira (20) em um símbolo de luta pela preservação do Carnaval de rua. Centenas de pessoas, incluindo foliões, representantes de blocos carnavalescos, políticos e entidades sindicais, reuniram-se em frente à Câmara Municipal para protestar contra o projeto de lei, de autoria da vereadora Roberta Lopes (PL), que propõe restrições severas aos blocos carnavalescos.
Organizado pela Associação das Entidades Carnavalescas de Juiz de Fora (AESBLOC), o ato contou com a participação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (SINSERPU-JF), além de dezenas de coletivos culturais, escolas de samba e blocos tradicionais. A mensagem era clara: “Carnaval não se cala!”.
Um projeto polêmico e seus riscos
O PL em questão, criticado como “um ataque à cultura popular”, impõe regras que inviabilizam a realização dos blocos de rua. Entre as medidas estão a limitação de horários, restrições ao uso de trios elétricos e exigências burocráticas consideradas excludentes. Para o SINSERPU-JF, presente no ato com a sua diretoria, a proposta representa a criminalização de uma festa democrática, que representa o símbolo nacional da resistência e da alegria do povo.
“Não podemos permitir que um projeto autoritário apague décadas de história. O Carnaval de rua é a voz das comunidades, a celebração da diversidade. Criminalizar os blocos é apagar a identidade cultural de Juiz de Fora”, declarou a presidenta do SINSERPU-JF, Deise Medeiros.
Cultura versus retrocesso
A manifestação destacou o caráter popular do Carnaval, lembrando que a festa é um patrimônio imaterial e uma ferramenta de inclusão social. “O Carnaval não é só festa: é emprego, é renda, é arte. Esse PL é um tiro no pé da economia criativa e um desrespeito aos artistas e trabalhadores que mantêm viva nossa cultura”, afirmou a 2ª vice-presidente do SINSERPU-JF, Lucilea Pereira.
Além do SINSERPU-JF e da AESBLOC, estiveram presentes entidades como ASBLOPER, UNIBLOCO, Banda Daki, LevanteJF, Só Love, Parangolé Valvulado e dezenas de blocos filiados. A população compareceu em peso, transformando o protesto em um verdadeiro ensaio de resistência, com samba no pé e cartazes que diziam: “Carnaval é do Povo”, “Projeto contra bloco de rua é censura em forma de lei” e “Batuque é identidade”.
Recado aos vereadores
O ato teve como objetivo pressionar os parlamentares a rejeitarem o PL. “Queremos lembrar aos vereadores que o Carnaval é do povo. Se aprovarem esse projeto, estarão traindo a população e enterrando uma tradição que nos define”, alertou Lucilea, após discursar em frente à Câmara. “O projeto é uma tentativa de silenciar as ruas! Nós não vamos aceitar.”
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