Ato em defesa do Carnaval de rua de Juiz de Fora ocorre no dia 20 com a participação do SINSERPU-JF   

Na próxima terça-feira (20), a partir das 17h, a frente da Câmara Municipal será palco de um ato em defesa do Carnaval de rua da cidade. Organizada pela Associação das Entidades Carnavalescas de Juiz de Fora (AESBLOC), a manifestação contará com a participação do SINSERPU-JF e de diversas entidades culturais para alertar a população sobre os riscos do projeto de lei de autoria da vereadora Roberta Lopes (PL), que propõe restrições à realização de blocos carnavalescos. A proposta, criticada por setores ligados ao Carnaval, é vista como uma ameaça à continuidade da festa popular nas ruas do município.

Na última sexta-feira (16), representantes de escolas de samba, blocos, baterias e intérpretes se reuniram para definir os últimos detalhes do protesto, que promete agitar o centro da cidade com performances artísticas e discursos. Entre os participantes, esteve diretor do SINSERPU-JF Adenilson Reginaldo (Social, Raça e Gênero), responsável pelo Bloco do Servidor, que retornou aos desfiles este ano após seis anos de ausência. “Precisamos defender o Carnaval da nossa cidade. É inaceitável que ameacem uma festa autêntica e democrática, símbolo da nossa identidade nacional”, declarou Adenilson, reforçando o caráter cultural da celebração.

O projeto em debate impõe regras como limites de horário, restrições a trios elétricos e exigências burocráticas que, segundo os organizadores, inviabilizariam a realização dos blocos. “O Carnaval de rua é uma expressão legítima da cultura popular. Criminalizá-lo é atacar a história e a alegria do povo”, afirmou o diretor.

Além do SINSERPU-JF e da AESBLOC, o ato tem apoio de entidades como ASBLOPER, UNIBLOCO, Liga das Escolas de Samba, Banda Daki, LevanteJF, Só Love, Parangolé Valvulado e blocos filiados. A mobilização busca pressionar os vereadores a rejeitarem o PL e garantir que o Carnaval de Juiz de Fora continue a ocupar as ruas com sua diversidade e tradição. “O Carnaval não é só festa: é resistência”, ressaltou Adenilson.