SINSERPU-JF protesta contra aumento no Plano de Saúde dos servidores

O SINSERPU-JF vai tomar uma série de atitudes para protestar contra o aumento das mensalidades no Plano de Saúde dos servidores, entre elas entrar na Justiça contra o reajuste e apoiar quem queira abandonar o Plano – o que deve acontecer em massa. Além disso, o Sindicato revela uma “traição” dos gestores do Plano, que não levaram em conta estudos preliminares sobre o tema. Por fim, há o agravante de que todo o processo foi feito sem transparência e de forma não convencional (votação do reajuste através do aplicativo whatsapp).  “Desde o começo das discussões, no ano passado, havia tabelas, construídas por um grupo de estudos, que apontavam um aumento de cerca de 6%. Este ano tudo mudou e houve uma insistência por um reajuste maior, eles ‘atropelaram’, nunca quiseram debates e argumentações e publicaram o Decreto, com aumento, de 8%, em cima do salário bruto e do teto mínimo do Plano”, explicou a diretora de Saúde do SINSERPU-JF Deise Medeiros, que anunciou a posição do Sindicato: “Sempre fomos contra esse aumento dessa forma. 8% é um índice muito alto e incide sobre um salário que é baixo e que não foi contemplado com reajustes decentes nos últimos anos. Já tivemos a reforma da Previdência, que aumentou a alíquota previdenciária, e agora, em plena pandemia, esse reajuste. Repudiamos e já colocamos o assunto nas mãos do nosso departamento Jurídico”.

“O Plano dos Servidores não é regido pelas normas da ANS (Agência Nacional de Saúde), a característica dele é de gestão própria – ou seja, é o Conselho Gestor que define possíveis reajustes. O problema é que essa votação se deu por whatsapp, de forma muito sinistra e sem ampla divulgação como deveria ser, e perdemos por seis votos a três”, completou a diretora de Legislação e Assuntos Jurídicos do SINSERPU-JF, Fernanda Carvalho, que representou o Sindicato no Conselho e votou, obviamente, contra o reajuste – ao lado das representantes do SINPRO e da Cesama.