Leia abaixo relato de diretores do SINSERPU-JF, todos profissionais da Saúde, sobre o difícil ano de 2020 e as perspectivas para 2021
“Estamos desde março na linha de frente no tratamento de pessoas acometidas pela Covid-19, no propósito de salvar vidas. E com o passar dos meses começamos a presenciar esses acometimentos dentro de nossas casas. Estamos esgotados físico-emocionalmente, porém mesmo assim continuamos nossa luta contra essa doença tão cruel. No fim de ano normalmente queremos fazer projetos para o ano que irá se iniciar e festejar o Natal, uma data tão calorosa para nós. Porém, este ano será diferente: Natal sem calor humano, só nas redes sociais, e acredito que a única proposta para um ano que se inicia será que possamos vencer a Covid-19. Eu como profissional de Saúde acredito que todos pensam assim. Só pedimos que todos fiquem em suas casas, façam suas confraternizações de forma virtual e se protejam para vencermos essa batalha. Feliz 2021 para todos nós”.
Denise da Silva Medeiros, auxiliar de enfermagem no CTI do HPS e diretora de Base do SINSERPU-JF
“Bom dia !!!!!! Assim começa todos os dias desde o início da pandemia. Falamos, ouvimos, às vezes não temos resposta. Pessoas amigas, desconhecidas, amigos conhecidos chegam para nós de diversas formas e perguntas e não temos resposta para o inexplicável momento que vivemos. Perdemos muitos desconhecidos, perdemos também amigos companheiros de trabalho, que nos deixam impotentes diante da chamada morte. Não nos entregamos. Temos que nos afastar até de nossos familiares, mas não nos entregamos porque muitos nos olham na linha de frente como a última barreira para esta doença. Estamos confiantes, primeiro em Deus, que vai passar bem depressa agora, já que a cura está próxima”.
Dalmecir Custódio, motorista socorrista do STIH (Sistema de Transporte Inter-Hospitalar) e diretor de Base do SINSERPU-JF
“O ano de 2020 foi muito difícil por conta da pandemia do novo coronavírus que assolou o mundo. Nós, profissionais de saúde, ficamos em evidência – algo que não me lembro de ocorrer desde que me formei. Assim trabalhamos incansavelmente desde março, perdemos muitos pacientes, familiares, amigos, perdemos várias batalhas para a Covid-19. Entretanto, mesmo esgotados, física e mentalmente, não paramos, mesmo sem reconhecimento justo pelo poder público continuamos a luta, que é cruel. Agora chegaram as festas de fim de ano e com elas os números de casos e óbitos só aumentam, estamos na incerteza do que nos espera. A esperança de uma vacina nos acompanha, para que possamos respirar um pouco. Espero que 2021 seja o ano abençoado. Seja o ano em que vamos conseguir controlar essa doença e possamos assim recomeçar a estruturar as nossas vidas. Todas as vidas importam e a Covid-19 nos mostrou bem isso. Que venha o novo ano onde os profissionais de Saúde tenham mais reconhecimento e respeito pelo Poder Público.”
Deise da Silva Medeiros, auxiliar de enfermagem da Sala de Urgência do HPS e diretora de Saúde do SINSERPU-JF
“Acho que posso colocar assim: Uma PANDEMIA em meio a tantas outras não percebidas. O fato é que neste momento em que todos nós somos chamados a reconhecer nossa fragilidade. ainda assim permanecem outras pandemias anônimas inseridas em nossas vidas humanas. A mãe terra perece há séculos com as nossas barbáries e ainda assim nos dá tudo aquilo de que necessitamos. Há quanto tempo a grande maioria de nós vem sofrendo com verdadeiras pandemias sentimentais, fruto de um sistema de vida baseado na escravidão de nossos pensamentos, dos nossos sonhos, de nossas vidas por assim dizer. A morte é um sistema complexo, sim é, mas sabido por todos nós que é inevitável. Não tê-la por perto. Mas sempre me pergunto do que é mesmo que estamos morrendo? Lutamos todos os dias na tentativa de vencermos os desafios dessa vida. Nas perdas que já se somam milhões, nós nos deparamos com pessoas próximas: conhecidos e desconhecidos; amigos e desafetos; parentes e familiares… Enfim… Cada um de nós exatamente de acordo com a vontade de ‘Deus’. Um grande abraço a todos, parabéns a todos pela luta, pela batalha a FAVOR da vida”.
Cleriomar dos Reis Melo, auxiliar de enfermagem da Unidade Regional Leste e diretor de Base do SINSERPU-JF
“Enfim lá se vai 2020, um ano que vai marcar para sempre a história da humanidade. Ano de tristeza, medo e incertezas, mas também de muita coragem daqueles que cuidam. Ano de luta atípica, luta pela vida daqueles que cuidamos, da nossa e de nossos colegas que chegam à exaustão. Para 2021 o medo continua assim como a incerteza. A falta de consciência de uns traz prejuízo a toda uma sociedade. Mas os profissionais de saúde não são juízes, acolhem a TODOS sem distinção. E para 2021 que venha esperança de dias melhores”.
Lione Aparecida Santos, ACS da UAPS Nossa Senhora Aparecida e Conselheira Fiscal do SINSERPU-JF
“Estamos trabalhando na linha de frente com esse novo vírus que surgiu, em relação aos cuidados com a prevenção ao contato com o vírus, e tomamos vários cuidados, pois sabemos que ele é fácil de ser transmitido. Mas mesmo com todos os cuidados não estamos imunes. Eu, por exemplo. tive Covid-19 e conheço várias pessoas que tiveram, algumas como eu estão aqui pra contar, outras não tiveram a mesma sorte. Estar na linha de frente está sendo algo novo, uma experiência nova. O medo vem, mas sabemos que só nós, naquele momento, poderemos ajudar aquele pai, mãe, filho de alguém. E que em 2021 seja um ano repleto de luz e esperança”.
José Laureano Alves Ferreira (Goiaba), ACS de UBS e diretor de Base do SINSERPU-JF
“Estou bem apreensiva, neste final de ano, em relação à situação da saúde aqui na cidade. Infelizmente, muitas pessoas ainda não estão conscientes da gravidade dessa doença e pensando em comemorações, em se reunir, comprar presentes. A gente vê muita gente na rua, adultos e crianças sem máscara, pensando só em festas de fim de ano. Isso preocupa porque o reflexo dessa situação, dessa negligencia das pessoas, vai ser sentido após o ano novo. Infelizmente janeiro será um mês difícil, porque as pessoas ainda não estão conscientes o bastante, infelizmente. É preciso se preservar, a nós e aos nossos entes queridos, para que em 2021 estejamos todos reunidos para comemorar o Natal daquele ano”.
Dayse Lemos, agente de combate às Endemias e diretora de Base do SINSERPU-JF
“Chegamos ao final do ano. Hora de olharmos para trás e avaliar: foi um ano muito difícil para muitos de nós, profissionais da Saúde, os atores principais na luta contra a Covid-19. Lidar com o desconhecido nos tirou da rotina, porém mesmo diante do desconhecido lutamos, resistimos. Porém, nos fez refletir o que é importante na vida, qual o valor que temos dado à vida de quem amamos? Como temos nos cuidado para cuidar dos outros? Qual o verdadeiro sentido da vida? Como estamos nos preparando para a morte? Como estamos vivendo a vida? A enfermagem precisa de cuidados, de ser valorizada com melhores condições de trabalho. Termino esse período com a certeza do amor que tenho pela ciência da enfermagem, Quero amar mais e de fato acredito que tempos melhores virão após a crise. Tenho esperança na ciência, na busca de tantas vacinas para o mal que nos assola. Enfim, acredito na vida e no amor. Vamos vencer. Em um novo amanhã, o sol vai nascer trazendo novas esperanças. Que sejamos vacinados na vacina do amor!”
Rodrigo do Valle Batista, auxiliar de enfermagem da sala de urgência do HPS e diretor de Formação Sindical do SINSERPU-JF
Rosivaldo Gervásio, auxiliar de enfermagem e diretor de Base do SINSERPU-JF
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